Já sinto o frio…
Já sinto a chuva…
Já sinto o vento…
Sinto a poesia a chegar!
Tanto
para me inspirar …
No frio da rua,
no quente do lar
no meu refúgio
nas folhas das arvores
que caem sem parar.
Folhas de várias texturas,
texturas de várias cores,
cores de vários sabores,
sabores de vários cheiros,
cheiros deste Inverno.
Inverno de fantasia,
a neve é branca e fria.
Quente! A minha companhia.
No Inverno
o vento liberta a imaginação.
Basta prestar atenção,
não ter medo da emoção,
sentir coração!
O frio abraça,
aconchega,
acende a chama da fraternidade.
À volta da fogueira
comemoro a amizade.
Neste Inverno
No Inverno!
12. Sofrimento
Parada,
amarrada à janela …
Gotas tristes
caminham pelas vidraças …
Infâncias perdidas
no longe …
Vento assustado …
oiço o seu sofrimento…
Mas nada posso fazer
Se não ouvi-lo…
Se não senti-lo …
Agora o meu pensamento
está confuso.
Vejo tanta tristeza
com a certeza de ver
a vida a crescer …
13. Tempo
Presente
Futuro …
O tempo é livre
Sempre presente.
O tempo é chuva
É vento
É tormento …
O tempo destrói
Traz temporais
e trovões
e destruições
que abatem o cais.
Tempestade ruim
com granito
a partir de mim!
Tempo são horas
que vivi …
Tempo que sonhei
Tempo que estou sem ti!
14. A chuva
A chuva faz-me lembrar o Outono,
trás a calma,
a tranquilidade …
As gotas caem do céu,
as pessoas agasalhadas,
cheias de frio,
o guarda-chuva aberto,
todo coberto…
A chuva, o vento
o frio, os trovões
os relâmpagos
frutos da natureza-mãe.
Chuva saudável, fantástica
para as árvores
para as plantas …
Oh! Como eu gosto de chapinhar
nas pocinhas de água
da água
com agua …
15. Quando te vi
Hoje quando te vi
O coração bateu desamparado
Quando me olhaste
Fiquei ali aparado …
Vivo para te ver
Vivo para te beijar
Apenas vivo
Para te amar.
Quando te vi
Encantei-me
Pelos teus olhos lindos
Apaixonei-me.
Tudo o que sinto por ti
Nunca vai ter fim!
16. sinto?
Um arrepio …
É o vento!
Frio, barulhento.
Corre veloz
sobre o manto de folhas
tristonhas e cansadas
que o Sol já dourou.
Um sorriso …
És tu!?
Estás sempre aqui,
ao pé de mim …
Acordas num instante incerto
Abrigas quem precisa de ti.
Melancolia? Alegria?
Que sinto?
Beijo de sentimentos plurais …
Porque o tempo, imperativo
Fala, cala …
Altivo
Meigo
Segreda-me ao ouvido
Segredos e medos
De ti, de mim …
Mágoa? Contentamento?
Que sinto?
Não sei!
É um tormento …
17. As árvores
As árvores batem, batem, batem
com tanta força que parecem
ondas do mar
a mergulhar …
Há quem diga que
demoram anos a nascer;
que em cada uma
mora um passarinho
muito pequenino …
No Inverno
os seus braços muito grandes
espreguiçam-se para o alto …
No Outono a tristeza invade-as,
perdem as suas folhas
ficam mais pobres
ficam mais sozinhas.
Quando as esquecemos
mandam-nos um sinal …
agitam-se
gritam
e uma folha entra pela
janela do meu quintal …
18. A chuva
A chuva cai intensamente
Chove sem parar
Com esta chuvada toda
Ninguém pode brincar.
O vento sopra com força tal
Que as árvores não resistem
Correm, voam com o vendaval
Deixam que o vento as leve.
Chapéu-de-chuva devo trazer
Quando está a chover
Se não, ao chegar a casa
As orelhas já não hei-de ter.
Faça chuva, faça sol
À escola temos de ir
Para podermos aprender mais
Sobre aquilo que está para vir …
19. Outono
Neste dia tão chuvoso
Em casa apetece-me ficar
Mas não posso faltar às aulas
Se de castigo não quero ficar.
Eu não gosto deste tempo
Para mim, tem que ser verão
Levar com este vento
É uma grande insatisfação.
As árvores são vítimas
Vão ficar despidas
E as folhas coitadas
vão cair desnutridas.
O Outono é agradável
Mas prefiro o verão!
Não estou de acordo com as tempestades
Antes com as oportunidades
De um dia de verão …
. Poema da Andreia Gonçalve...