A cultura portuguesa ficou mais pobre.
Escritora dividida entre duas culturas, a alemã e a portuguesa, Ilse Losa</a> morreu, hoje, no Porto, aos 92 anos de idade. De origem alemã e de ascendência judaica, nasceu a 20 de Março de 1913, em Hanover, Alemanha. A escritora viveu de perto os horrores do Holocausto. Perseguida pela polícia nazi, durante a segunda guerra mundial, refugiou-se em Inglaterra. Mais tarde, em 1934 chega a Portugal, casa com o arquitecto Arménio Losa</a> e adquire a nacionalidade portuguesa. O funeral da escritora realizar-se-á no sábado, às 10 horas e 30 minutos para o cemitério do Prado do repouso, no Porto.
Ana Raquel Gil
(Notícia)
height=184 alt="livro ilse losa2.jpg" src="http://edesete.blogs.sapo.pt/arquivo/livro%20ilse%20losa2.jpg" width=130 border=0> As experiências nazis do seu país natal e as dificuldades de adaptação à sua pátria de exílio, constituem alguns dos motivos das suas obras, entre as quais se contam: O Mundo em que vivi (1949, volume de estreia), Histórias Quase Esquecidas(1950), Rio sem Ponte (1952), Aqui Havia Uma Casa (1955), Sob Céus estranhos(1962), Encontro no Outono (1965), Estas Searas (1984), Caminhos sem Destino (1991) e À Flor do Tempo (1997, Grande Prémio da Crónica, de 1998.
Distinguiu-se como autora de literatura infantil, com os livros, A Flor Azul (1955), Na quinta das Cerejeiras (1984, Prémio Calouste Gulbenkian), A Visita do Padrinho (1989) e Faísca Conta a Sua História (1994).
Escreveu ainda uma obra de crónicas de viagem, Ida e Volta - À Procura de Babbitt (1959).
Ilse Losa, uma escritora alemã que escreveu em português ...
color=#cc6600>Sara Gonçalves
Um dia na Lapónia, mais precisamente na oficina do Pai Natal, estavam dois jovens amigos a conversar: - Pedro, achas que eu posso chegar a gerente da contabilidade, pergunta Rafael. - Não sei... - responde o Pedro Se trabalhares muito,consegues. - Talvez sim...- acrescenta o Rafael E tu, quando é que chegas a secretário-geral? - Quando o patrão assim o quiser. De repente: - TRIM, a hora do café chegou ao fim, por favor sigam para os vossos postos - ordena a campainha - obrigado. Os dois jovens despedem-se e seguem cada um para o seu lugar, o Rafael para o seu gabinete de contabilidade e o Pedro para o seu lugar de secretário. Mais tarde, o Rafael avista o Pedro ao longe e chama-o. Pedro ouve-o e vira-se para ele. Rafael vai ao seu encontro e pergunta-lhe se lhe pode dar boleia. Pedro responde negativamente, desculpa-se dizendo que tem assuntos urgentes a tratar. Pedro pergunta se o companheiro estava aborrecido com ele, ao qual o Rafael respondeu que não, acrescentando que talvez ficasse na oficina durante mais um bocado. Pedro pareceu nervoso quando o aconselhou ir para casa descansar. Rafael comentou que era rápido e que se iria logo embora. Pedro afastou-se e Rafael ficou a pensar no porquê de tanto nervosismo. Que preocuparia o amigo? Não ligou muito, pois estava mais preocupado em terminar o trabalho. Um pouco depois ouviu-se o toque de emergência. Segundo o quadro dos alarmes que estava na sala onde o Rafael se encontrava, algo tinha acontecido no gabinete do patrão, o Pai Natal. Rafael dirigiu-se a correr para o gabinete, sem saber o que iria encontrar. Quando chegou, viu quatro homens encarapuçados a raptar o Pai Natal. Ele tentou impedi-los, mas os raptores saltaram pela janela caindo em cima de uma mota que, no exterior, os aguardava. Os raptores tinham tudo bem preparado. O Rafael decidiu segui-los. Aquilo não podia acabar assim. Sem muito pensar, agarra numa motocicleta que estava estacionada em cima do passeio, apesar de não saber de quem era. Inicia-se, então, a perseguição a alta velocidade. Os raptores começaram a lançar umas bombas muito estranhas, ovaladas e com muitas cores. Uma delas acertou no pobre jovem, deixando-o inconsciente. Dois dias depois, o Rafael acorda numa cama de hospital todo dorido. Chama por alguém, mas ninguém lhe responde. Ele continuou a gritar até que apareceu uma bonita enfermeira pela qual ele ficou completamente apaixonado. Rafael perguntou-lhe o nome e quis saber a razão de estar ali. Rafael não se lembrava do que tinha acontecido e não percebia o motivo de estar numa cama de hospital. A enfermeira respondeu que se chamava Inês e que não sabia muito bem o porquê dele estar hospitalizado, acrescentando que a única coisa que sabia era que o Pai Natal tinha sido raptado. Uns bandidos, comentou. Que ele tinha sido encontrado perto do lugar onde acontecera crime e que estavam dois homens à entrada do quarto para falar com ele. A enfermeira saiu e mandou-os entrar para o quarto. Eles informaram que eram da polícia e que precisavam que ele lhes contasse tudo o que sabia. O Rafael contou toda a história de que se lembrava. Esforçou-se, pensou e lá foi dizendo umas palavras. O bastante para ajudar a reconstruir o rapto, perguntou se era preciso mais alguma coisa, ao que os dois homens responderam que a única coisa que necessitavam era que o Rafael estivesse sempre disponível para qualquer situação. Os indivíduos saíram sem deixar contacto. Uma semana mais tarde, depois daquela confusão ter acalmado, Rafael procura o amigo. Sem sucesso, pois não o encontrava em lado nenhum. - Talvez ele esteja de férias - magicou o Rafael O melhor é consultar o registo de férias do pessoal da oficina. Rafael dirigiu-se para o local onde estava a estante com o dossiê. Abriu-o, para procurar o mapa. Mal o abriu, um papel caiu. Parecia ter sido ali posto à pressa, já que não estava arquivado. Apenas atirado para dentro da pasta. Rafael ficou muito confuso e, também, muito preocupado com o amigo. Não percebia o que estava a acontecer. Tanto desespero, tanta vontade de fugir. Um bilhete de avião para Itália marcado para dali a dois dias Porquê? Rafael estava cada vez mais confundido com estes acontecimentos. Ele resolveu procurar o amigo, indo a casa dele. Talvez tivesse sorte, talvez estivesse em casa. Em vão! Uma tabuleta colada à parede, anunciava uma decisão precipitada. Desastrada, pensou: Vendido Rafael não queria acreditar. Afinal aquele bilhete não era mentira De que fugiria o amigo? Por mais que pensasse, não encontrava respostas para as suas perguntas, angústias, medos, - O melhor é segui-lo! Vou para Itália, decidiu. Apanhou o avião. As preocupações acompanharam-no durante uma viagem de cerca de três horas. Tudo correra bem. O medo de voar fora superado pela vontade de encontrar o amigo. De Itália só sabia de futebol. No jornal que lia habitualmente, tinha o hábito de procurar, de imediato, notícias do calcio ... Até agora, nada mais lhe interessava Em Itália, alojou-se em Roma. Grandiosa cidade. Mas foi a língua, o que mais o fascinou. Sim, a beleza daquela cidade era inigualável, Mas o italiano A musicalidade, o ritmo, os gestos, As discussões pareciam-lhe música. Clássica. Talvez uma opereta Procurou imediatamente o seu amigo. Esse era o verdadeiro objectivo da sua presença no país transalpino. Após algumas semanas de busca. Por ruas e ruelas, bairros e roupa branca estendida nas varandas, ele encontrou finalmente o Pedro. Perguntou-lhe o que tinha acontecido, porque tinha fugido As perguntas eram mais rápidas do que o pensamento. Queria saber, entender tudo. Pedro respondeu, calmamente, que tinha recebido uma grande proposta de trabalho, não a pormenorizava já que julgava ser um grande aborrecimento. A casa! Vender uma casa tão bonita, bem situada A escritura, o contrato de venda, qualquer coisa! O Rafael afastou logo a hipótese de Pedro estar envolvido no assalto. A escritura da casa foi feita à mesma hora do que o rapto. Sentiu-se aliviado. Não, o amigo não podia estar envolvido no rapto. Não podia! Era seu amigo a escritura provava-o. Rafael precisa tanto daquele álibi. Rafael deixou Itália. Não ter encontrado nenhuma prova, nem nenhuma pista que incriminasse o amigo deixava-o satisfeito. Ainda bem, pensou. Voltou á Lapónia. Mal chegou viu os dois policias á sua espera no aeroporto. Não percebia tanto zelo, nem pressa. Muito menos entendia como tinham sabido da sua chegada. Rafael teria de ir falar com o chefe imediatamente, informaram. Os agentes conduziram-no para o carro. Chegados, Rafael não conhecia o local, nem o percurso que acabara de fazer. Ficou muito confuso, surpreendido: estava aquilo na base da secreta S.P.N.( Segurança do Pai Natal ). Porquê? Talvez viesse a descobrir Entraram no edifício e foram logo ter com o chefe. Conversaram durante algum tempo. Rafael não falava. Não era capaz tinha-lhe sido apresentada uma proposta de trabalho. Estranha, muito estranha, mas fascinante: líder da operação Salvem o Pai Natal. Rafael aceitou, perguntando porquê ele. Foi-lhe dito que ele tinha seguido uma boa pista, que ajudara muito Sem mais pormenores. A missão era ultra-secreta. A S.P.N. mostrou-lhe todas as pistas encontradas, a da bomba em forma de ovo da Páscoa. Rafael pensou que talvez o Coelho da Páscoa tivesse o Pai Natal. Era necessário encontrá-lo. Rafael, já na sua nova função, enviou espiões á procura procurar do Coelho da Páscoa. Alguns dias depois, os agentes conseguiram localizá-lo. Estava em Portugal, num velho edifício junto ás docas de Lisboa. Rafael correu para o prédio gasto pelos anos, levando todas as tropas da S.P.N. em Portugal. A luta foi muito complicada. Os homens do Coelho da Páscoa eram em maior número e tinham armas tecnicamente superiores, especialmente as bombas da Páscoa. O combate foi horrível. As baixas eram muitas. Os soldados, de ambas as partes, não resistiam Afinal, Rafael tinha razão. O Coelho da Páscoa estava seriamente envolvido no rapto. Os únicos a sair de vivos desta luta feroz foram o Rafael e alguns soldados. Rafael voltou de imediato à sede de Lisboa. Ao responsável comunicou o sucedido. Tinha conseguido ver o Pai Natal, comunicou. Era preciso ir buscá-lo. Não havia tempo a perder, gritava. Dos espiões recebeu a informação que os soldados do Coelho da Páscoa se tinham transferido para outro local nos arredores de Lisboa, para Sintra. Não foi difícil encontrar o armazém onde o raptor estava. Os espiões tinham feito o seu trabalho muito bem. O ataque estava prestes a começar. A vida do Pai Natal era muito importante, tudo tinha que ser feito com o máximo de cuidado. De repente, surge uma outra brigada. Vinham ajudar o Rafael. O comandante era o Pedro. Por segundos nada parecia fazer sentido. O Pedro? Aqui? Toda a história que o Pedro tinha contado era mentira. Depois de despedido, Pedro entrara nos os Serviços Secretos Mundiais. A luta foi renhida. A batalha foi ganha. Pedro, Rafael e o Pai Natal regressaram a casa. Uma grande multidão acolheu-os com muito entusiasmo e gratidão. Rafael dirigiu-se, sem demoras, à sua amada. Declarou-se, disse-lhe que a amava. Inês corou e retribui-lhe o sentimento. O beijo tornou-se obrigatório. O Natal foi um êxito, as prendas foram entregues, o Pai Natal continuou cumprir a sua missão. Rafael e Inês casaram e tiveram dois filhos, um chama-se Pedro, o outro chama-se Natal.
No corrente ano não há Páscoa, anunciou. O Coelho da Páscoa vai ficar preso! Tem que aprender a respeitar as outras celebrações Mesmo que não goste, mesmo que não goste ...
Filipe Teixeira (Expressão escrita: Contos de Natal)
Alverca, 4 de Janeiro de 2006
Coelho da Páscoa
Prisão da S.P.N.
sela 254 2349-299 Alto-do-Monte
Caro amigo,
Espero que esteja tudo bem por aí. A minha professora fartou-se de rir, quando leu o texto que eu escrevi, sobre aquela barbaridade que fizeste sem me contares nada. Que disparate o teu. Agora estás a pagar. Não se rapta o Pai Natal em vão! Então e a prisão? Tem sido muito doloroso estar aí? Já deves ter feito muitos amigos, não? Tens também de me contar quanto tempo vais estar preso e para onde vais quando voltares para a festa. Contaram-me que o teu armazém foi confiscado. Sem Páscoa para celebrar, como vais viver? Por aqui vai tudo calmo. Eu tive umas notas mais ou menos. Tiveste uma boa passagem de ano? Eu cá tive!!
A escola começou na segunda-feira. Agora há muito para fazer. Espero que tenhas um bom ano 2006, apesar do que fizeste.
Aguardo notícias tuas o mais depressa possível.
Cumprimentos
Filipe Teixeira
Era uma vez uma aldeia na Lapónia. Aí morava um cão chamado Alex. Alex era um cão cheio de sonhos, corajoso e curioso. O seu maior desejo era conhecer o Pai Natal. Ver de perto aquele que toda a gente adorava. O homem do trenó, das renas e das prendas. Resolveu aventurar-se pela neve fora. Foi a pé até às altas montanhas, onde se pensava poder encontrar o Pai Natal. Alex foi andando, andando andando... Passou-se uma semana e nada aconteceu. Não havia rastos daquele gorducho que ele tanto desejava ver, lamber as botas. O animal estava a desanimar. De pouco lhe tinha servido o esforço. Apesar do pêlo, tremia de frio. Olhava em seu redor. Lá do alto, tinha às suas patas uma paisagem magnífica. Branca. Fria. Linda! De repente ouviu um barulho que lhe pareceu ter vindo dos arbustos e, quase ao mesmo tempo, algo foi contra ele. Era um esquilo, desajeitado e divertido. Assustado, Alex perguntou: - Quem és tu? - Sou o Benardinho Esquilozinho e vim ajudar-te a chegar à casa do Pai Natal respondeu o esquilo Queres a minha ajuda? - Claro! exclamou o cão entusiasmado com a ideia de ter encontrado alguém que o poderia levar até ao Pai Natal. Talvez assim conseguisse, pensou. Agora é que não ia desistir. Enfrentando os fortes nevões, chegaram a um túnel. O esquilo explicou que aquele era o caminho que os levaria à casa do Pai Natal. Iniciarem a travessia. Alex não deixava de pensar na possibilidade de estar a cair numa grande armadilha, no frio que estava a sentir e na irritação que as brincadeiras do esquilo lhe provocavam. Afinal, aquela era uma missão importante. A meio do túnel foram inesperadamente atacados por um urso Polar. O esquilo fugiu, indo esconder-se num vão de umas velhas escadas. Alex vê-se sozinho, a lutar com um bicho enorme. Muito peludo e com uma força que o surpreendeu. Defendeu-se como pode e lá conseguiu libertar-se do urso. Parado em pleno túnel, ainda assustado e receoso de que o urso voltasse a atacar, não sabia o que fazer. Chamou pelo esquilo, mas este não respondeu. Abandonou-me, aquele mentiroso, pensava. De repente teve uma ideia. Quando tinha ido procurar comida, guardou algumas bagas num saco. Abriu-o com a ajuda das suas patas dianteiras. Da melhor maneira que encontrou, foi colocando bagas no chão até ao fim do túnel. O urso foi seguindo aquele trilho de bagas e Alex conseguiu empurrá-lo para fora do túnel. Mesmo assim estava desesperado. O seu amigo tinha desaparecido. O melhor era procurar a casa do Pai Natal. Lembrava-se que o Esquilo lhe tinha dado algumas indicações. Que ficava logo ali, à saída do túnel. Uns metros mais à frente, lá estava ela. Bonita, branca e com uma enorme árvore de Natal enfeitada com flocos de neve e enormes estátuas de duendes. Ao lado de uma das estátuas estava o trenó e as renas. Tudo lhe parecia fantástico. Finalmente! Alex decidiu entrar naquela fabulosa casa . A porta até estava aberta Só que um enorme e asqueroso gnomo barrou-lhe a entrada. Alex comunicou, decidido, e nada disposto a que lhe estragassem a visita: - Eu vim aqui falar com o Pai Natal. É o meu grande sonho! - Não vai dar! Mesmo que fosse muito urgente! O Pai Natal anda muito ocupado com as prendas! disse o duende. Alex irritado resolveu tentar entrar à força, mas como o duende era esperto e forte lançou-lhe um pó para o adormecer. Colocou-o numa caixa. Meio estonteado, Alex pensava que nuncairia ver o Pai Natal. Lembrava-se das lendas contavam que quando acabava o Natal, o Pai Natal desaparecia também. Só voltaria na época natalícia seguinte. Desejava que o Benardinho estivesse ali para o ajudar. Não percebia onde é que o esquilo se tinha enfiado. Um medroso! Assustou-se com o urso e fugiu. Nem uma ajudinha - Alex, és tu? ouviu uma voz que lhe pareceu conhecida. - Sim, sou eu! Mas tu quem és? - Espera um segundo! - pediu a voz misteriosa Ouviu-se um ruído e uma caixa abriu-se. Era o seu amigo Benardinho Esquilozinho. - Desculpa ter fugido. Tive tento medo do urso. É que tive uma má experiência com ursos Polares. E o esquilo lá contou as suas aventuras com ursos, ao mesmo tempo que pedia desculpa. - Sim! Olha, podes-me ajudar a derrotar o duende? É que não sei o que fazer! O esquilo como era pequeno e ágil. Pegou numa bola de futebol e pontapeou-a para junto da porta. O duende parecia hipnotizado com tal brinquedo. Nunca deveria ter visto uma Então o Pai Natal não oferece bolas às crianças!? O seu guardião nunca visto nenhuma? Parecia-lhe estranho. Então, lembrou-se de ter ouvido o seu dono a ler a carta que tinha escrito para o Pai Natal. De facto, não pedinchava bolas O que ele queria era uma playstation, um leitor de mp3 e coisas assim. Não sabia o que eram, mas não tinha qualquer importância. Alex roubou o pó mágico à criatura e adormeceu-a. Estava orgulhoso do seu faro que o tinha ajudado. Puderam, finalmente, entrar na casa do Pai Natal. Já era dia vinte e quatro de Dezembro, o Natal aproximava-se. A meia-noite estava a chegar e Alex não conseguiu ver o Pai Natal. Mais uma grande desilusão. Para onde terá ele ido? Perguntava. À porta de uma das divisões da casa surge um vulto. Um homem já idoso, de barbas brancas, vestido de vermelho. Ficou sem palavras a olhá-lo. O homem olhou para o cão e virou-se. - Desculpe, não se vá embora. Eu sou um cachorro, eu sei. Só queria conhecê-lo! Não se vá embora. Por favor! - Calma! Eu sei. O teu amigo contou-me tudo. Por isso tenho este osso para ti. Ah! E uma grande festinha. Pode ser? - Sim! Depois deste gesto tão carinhoso, o Pai Natal levou-o de volta à sua aldeia, onde os outros cães, gatos e ratos aguardavam que Alex regressasse da sua aventura. Todos acreditavam que ele conseguiria. Afinal, sempre fora o cão mais irrequieto do grupo. Alex contou tudo. Por onde tinha viajado. O que lhe tinha acontecido. Estavam maravilhados. Alex era um herói Também eles ficaram a conhecer o Pai Natal. O Natal, afinal, é para todos. Ou deveria ser...
Joana Martinho
Conto de Natal
height=211 alt=nain-accordeonniste.gif src="http://edesete.blogs.sapo.pt/arquivo/nain-accordeonniste.gif" width=172 border=0> No Sul da Noruega, dentro de uma gruta, existia uma aldeia habitada por anões que toda a gente desconhecia. O ferreiro da aldeia, chamado Eitri, era como todos os anões, baixo, tinha olhos castanhos, cabelo da mesma cor e muito inteligente. Eitri tinha uma vida pacífica e agradável, mas não podia deixar de perceber que os outros habitantes da aldeia viviam muito tristes. A Eitri faltava também qualquer coisa para se sentir completamente feliz. Tomou uma resolução. Talvez a mais importante da sua vida. Alguém tinha que tomar aquela decisão. O ferreiro da aldeia partiu. Cabia-lhe procurar da Pedra do Natal que há muito tempo tinha sido roubada pelos Duendes, ajudantes do Pai Natal. Eitri traçou um plano para a viagem. Tudo deveria ser bem feito. Já que se decidiu, não podia falhar. Seria o descrédito total e ele não estava preparado para tanta humilhação. Decidiu que iria para Bergen. Esta velha cidade da Noruega é considerada a porta para os fiordes norueguesa. O frio e a beleza da natureza em todo o seu esplendor, pensou. Tudo lhe parecia demasiadamente grande. No se assustaria. Aí apanharia um barco para a Islândia, a terra do Pai Natal. Passavam poucos minutos das seis da manhã quando Eitri acordou. Saíu da cama e foi preparar a coisas para a sua viagem. Deixou aldeia e foi para a estrada. Depois de alguns minutos de espera do autocarro, o frio gelava-lhe as mãos. Não se apercebeu que tinha sido seguido Um Ogre, com um aspecto horrível, atacou-o traiçoeiramente. Eitri não conseguiu fugir, evitar a agressão. O Ogre estava a levar a melhor. Aproximava-se cada vez mais Subitamente, parou e caiu para a frente sem vida. Confuso, Eitri olhou à volta e viu alguém a sair dos arbustos, era um elfo. Eitri cumprimentou-o e agradeceu-lhe. Os dois seguiram viagem, deixando para trás o corpo destruído por três flechas cravadas nas costas. O elfo era alto, tinha cabelos loiros, olhos cizentos, orelhas pontiagudas e chamva-se Legolas. Os dois seguiram para Bergen, onde apanharam um barco para a Islândia e compraram mantimentos. Ambos sabiam que o caminho que os esperava era longo e difícil Duas semanas depois, chegaram à Islândia. Uma terra muito fria, onde havia gelo por todos os lados. Caminharam durante horas a fio, até que encontraram uma caverna que parecia estar deserta. Essa caverna era friíssima e húmida, tinha estalagmites, estalactites e um grande lago. Parecia um espelho, um grande espelho. Dormiram na caverna naquela noite. Pela manhã, o sol começava timidamente a aparecer, Eitri acordou. Saiu dali sorrateiramente. Afinal, estava ali para procurar a felicidade, a sua e a do resto da aldeia. Não tinha feito uma viagem tão grande, para ficar a dormir numa gruta. Lembrava, como se estivesse a barafustar consigo próprio. Iniciou exploração da caverna, determinado a encontrar o objecto que o tinha trazido até ali. Ao fundo da galeria central, numa parede húmida, onde a água pingava directamente para o lago, lá estava ela, a Pedra da Felicidade. Eitri não cabia em si de contente. Tinha conseguido, tudo tinha valido a pena. Agora, era necessário iniciar a viagem de regresso. - Legolas, Legolas! Acorda, vamos embora! Nada. O elfo dormia profundamente. Do outro lado, um enorme dragão atravessa-se à sua frente. O combate parecia inevitável. Eitri tira a sua espada e tenta alguns golpes. Sem êxito. O dragão era terrível, enorme. Estava decidido a impedi-lo de recuperar a pedra. Eitri não podia fazer nada. Pobre anão! Legolas, com tanto o barulho, acordou. Não perdeu um segundo e saltou em defesa do seu amigo que estava em perigo. O Elfo começou a lançar flechas ao dragão para o distrair. Assustado, o monstro vira-se, tentando proteger-se. Aproveitando a distracção, Eitri espeta a sua espada com toda a força nas costas do dragão. Este cai sem vida no solo. Eitri agarra imediatamente a Pedra e ambos abandonam a gruta. Eitri e o elfo saíram da caverna. No céu, algo brilhava intensamente ... olharam e aquele ponto começou a ficar cada vez mais perto, até que se tornou bem visível: o trenó do Pai Natal. Eitri, espantado, deixou cair a Pedra do Natal e, como por magia, esta lançou estrelas em todas a direcções. Para onde quer se olhasse, só se viam estrelas no céu, muito brilhantes, muito coloridas. Parecia um grande fogo de artifício. Como recompensa, o Pai Natal transportou os dois amigos a casa, contando-lhes como era difícil a sua vida, como estava contente por eles terem devolvido alegria e o espiríto do Natal a todos os outros anões. Quando chegou à sua aldeia, Eitri reparou que toda a gente estava muito feliz, festejavam o Natal com muito entusiasmo e amor. - É o regresso do feitiço da Pedra, pensou. Todos os habitantes organizam a noite da consoada em honra daquele que foi recebido como um verdadeiro herói. Estavam muito orgulhosos e felizes. E o Natal voltou a ter o brilho que tinha dantes ... O ferreiro voltou para a sua vida pacífica. Só que gora todos viviam felizes.
color=#cc6600>André Lopes
. Poema da Andreia Gonçalve...